Desde o ano passado, o município de São Paulo
tem uma nova Lei das Calçadas (Lei
15.442/2011)
Obstrução de calçadas e falta de segurança ao pedestre virou
rotina em
Itapeva
Em balanço parcial da
Prefeitura (Fortaleza), foram registradas 1.255 notificações de irregularidades
em calçadas em 2012
Dono de bar é obrigado a destruir banheiro em calçada de
Fortaleza
ABASTADOS CONSTRUTORES DE SOBRAL ACHAM QUE A CALÇADA É PARTICULAR
No bairro Montese (Fortaleza), a situação piora
e a única opção para os pedestres é dividir as vias com os veículos em
movimento
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As manchetes acima são uma seleção de notícias que foram retiradas de jornais de grande circulação nas metrópoles do nosso país, porém, referem-se também a fatos ocorridos em cidades interioranas, como Sobral/CE. O principal assunto abordado é o desrespeito à Lei Federal que institui o Código de Trânsito Brasileiro (Lei Nº 9.503 de 23 de Setembro de 1997) que, nos trechos que veremos a seguir, expõe alguns direitos e deveres dos cidadãos, sendo que, por falta de conhecimento dos mesmos, passam despercebidos. Vejamos:
CAPÍTULO IV
DOS PEDESTRES E CONDUTORES DE VEÍCULOS NÃO MOTORIZADOS
DOS PEDESTRES E CONDUTORES DE VEÍCULOS NÃO MOTORIZADOS
Art. 68. É assegurada ao pedestre a
utilização dos passeios ou passagens apropriadas das vias urbanas e dos
acostamentos das vias rurais para circulação, podendo a autoridade competente
permitir a utilização de parte da calçada para outros fins, desde que não seja
prejudicial ao fluxo de pedestres.
§ 2º Nas áreas urbanas, quando não houver
passeios ou quando não for possível a utilização destes, a circulação de
pedestres na pista de rolamento será feita com prioridade sobre os veículos,
pelos bordos da pista, em fila única, exceto em locais proibidos pela
sinalização e nas situações em que a segurança ficar comprometida.
§ 6º Onde houver obstrução da calçada ou da passagem para pedestres, o órgão ou entidade com circunscrição sobre a via deverá assegurar a devida sinalização e proteção para circulação de pedestres.
Fonte:planalto.gov.br
Resumindo, temos o direito assegurado por lei de "ir e vir" em passagens apropriadas a nós (falo com pedestre), de preferência em calçadas que permitam a livre circulação de pessoas, sem nem um tipo de obstruções que causem incômodos ou até mesmo riscos aos munícipes. Era exatamente neste ponto que eu queria chegar!
Em Itapajé andar a pé está se tornando uma verdadeira aventura, não só para pessoas com um corpo saudável e atlético (e invejável, diga-se de passagem) como eu, mas, principalmente, para os idosos que já estão debilitados. O centro da cidade é vergonhoso por vários motivos: lixo, mau cheiro, menores na prostituição e no convívio com o mundo do crime, bêbados largados ao chão sem nenhuma perspectiva na vida, etc., etc., etc. As obstruções nas calçadas frente a tantos problemas é muito pequeno mas, ainda assim, precisa ser abordado.
Em uma manhã de sexta-feira passei em uma padaria antes de ir ao centro da cidade. Não que eu estivesse com fome mas, como na história de João e Maria, fui jogando pedaços de pão ao chão para não me perder no labirinto de tendas, motos, carros, barracas e peixes (isso mesmo, peixes!) que a rua Manoel Luís Rocha se transformou. Mas acabei me perdendo no labirinto por que alguns suínos que estavam passeando prazerosamente na rua comeram os pães!
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| Imagem das "calçadas" da Rua Manoel Luís da Rocha |
A rua Major Joaquim Alexandre, que dá acesso à Prefeitura e aos Correios, tem se tornado palco de um assunto polêmico: "O Espetinho Poluidor". Trata-se de um ambiente que muito tem atrapalhado a vida dos pedestres que por aquela rua passam, já que os mesmos, para não morrerem carbonizados ou asfixiados, precisam saltar da calçada e disputar espaço com os veículos em movimento.
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| Rua Major Joaquim Alexandre antes do espetinho |
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| Rua Major Joaquim Alexandre depois do espetinho |
Enfim, mobilidade urbana, plano diretor, impacto de vizinhança e código de posturas são assuntos que precisam ser pautados nas reuniões dos governantes itapajeenses. O crescimento das cidades traz uma série de problemas que tomam grandes proporções quando não são solucionados no início.




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