domingo, 20 de janeiro de 2013

A Internet e a "idiotização" do ser humano!

Crimes virtuais, horas perdidas em inutilidades, falta de critério no usufruto da Internet e as redes sociais que se tornaram uma verdadeira febre entre a grande maioria dos internautas de todo o mundo, fazem dos mesmos verdadeiros idiotas.

A rede mundial de computadores, sem sombra de dúvidas, representa um dos maiores avanços na história da humanidade, proporcionando praticidade, velocidade e uma espécie de democratização do acesso à informação. Hoje temos uma fantástica biblioteca diante de nossos olhos, ao alcance de nossas mãos (basta alguns cliques) e temos a oportunidade de conhecer lugares e pessoas nunca imaginados. Porém, "quem nunca comeu melado, quando come se lambuza" e essa avalanche de informações tem sido, nos últimos anos,  extremamente prejudicial à humanidade. Lembro como se fosse hoje (apesar de fazer pouco tempo) de quando eu utilizava a internet para fazer pesquisas escolares, em sites como o Cadê? e Alta Vista, o que era um privilégio e uma novidade para os estudantes da época. Hoje as crianças a usam de forma indiscriminada e as atividades escolares tornaram-se verdadeiras cópias de páginas da web. Nossos alunos não leem mais, consequentemente pensam menos e captam pouco do conteúdo estudado, afinal pra quê ler, pesquisar, estudar e revisar se o Ctrl+C e Ctrl+V podem poupa-los disso? O pior é que tem-se cada vez mais copiado informações de sites nada confiáveis como o Wikipedia. (clique aqui para conhecer os perigos do Wikipedia)
Mais catastrófico e lamentável tem sido o avanço das "redes sociais" que, tendo o Facebook como maior exemplo, tem criado uma legião de acéfalos, pessoas que regridem intelectualmente, que desperdiçam seu tempo e criatividade na busca desesperada (e inconsciente) de "curtições" e "compartilhamentos". Em uma simbiose em que as redes sociais sempre levam a melhor, as pessoas se expõem de forma escancarada. Sabemos o nome e o sobrenome das pessoas, onde moram, onde estudam, locais que frequentam, com quem namoram, a data do aniversário, onde trabalham, o que pensam sobre determinadas coisas, a cor preferida (as pessoas que passaram pelo processo de idiotização gostam de postar essas coisas, bem como obviedades do tipo: "está fazendo calor" ou "hoje é sexta-feira") e etc., sendo que muitas vezes nem sequer vimos estas pessoas. Ou seja, abrimos mão da privacidade para nos mostrar da forma que queremos que os outros nos vejam, o que se configura em mais um agravante. Penso que a derrocada do quase extinto Orkut tenha sido provocada pelo fato de o mesmo resguardar um pouco mais a vida pessoal de seus usuários. 

No vídeo abaixo podemos perceber a proporção alcançada pelo mau uso das redes sociais. 




No início dos anos 1990, uma coleção de enciclopédias tinha o mesmo valor educacional que um microcomputador tem hoje em dia – eram ótimas ferramentas de pesquisa para os estudantes. Para quem tem menos de 20 anos, pode parecer incompreensível. Como uma coleção de livros de capa dura, grandes, pesados e difíceis de manusear, pode ser tão eficaz quanto os programas de busca da internet, que nos colocam a dois cliques de qualquer resposta? A geração que nasceu depois do surgimento da internet tem a sua disposição o maior volume de informação da história. Mas novos estudos sugerem que a intimidade dos jovens com o mundo digital não garante que eles sejam capazes de encontrar o que precisam na internet.
Uma pesquisa da Universidade de Charleston, nos Estados Unidos, mostra que a geração digital não sabe pesquisar. Acostumados com a comodidade oferecida por mecanismos de busca como o Google, eles confiam demais na informação fácil oferecida por esses serviços. O estudo mostrou que os estudantes usam sempre os primeiros resultados que aparecem após uma busca, sem se importar com sua procedência. No estudo, os pesquisadores pediram a um grupo de universitários que respondesse a algumas perguntas com a ajuda da internet. Mas fizeram uma pegadinha: fontes de informação que não apareceriam no topo da lista de respostas do Google foram apresentadas propositalmente como primeira opção. Os estudantes nem notaram a troca: usaram as primeiras respostas acriticamente. Outro estudo, realizado pela Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, pedia que 102 adolescentes que estavam se formando no ensino médio buscassem termos diversos em sites de pesquisa on-line. Todos trouxeram os resultados, mas nenhum soube informar quais eram os sites usados para obter as respostas: se veio da internet, já estava bom. Revista Época

Enfim, devemos reconhecer que a rede mundial de computadores tem dado importantes contribuições para vários seguimentos da sociedade, mas o seu mau uso tem afetado a criticidade e causado, principalmente pelas redes sociais, uma sensação de conexão efetiva (e afetiva) entre as pessoas, quando na verdade elas estão cada vez mais distantes umas das outras. 

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quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Coisas de Brasil!

Segue abaixo o relato de uma pessoa conhecida e séria, que passou recentemente em um concurso público federal e foi trabalhar em Roraima. Trata-se de um Brasil que a gente não conhece.

"As duas semanas em Manaus foram interessantes para conhecer um Brasil um pouco diferente, mas chegando em Boa Vista (RR) nãopude resistir a fazer um relato das coisas que tenho visto e escutado por aqui. Conversei com algumas pessoas nesses três dias, desde engenheiros até pessoas com um mínimo de instrução. Para começar, o mais difícil de encontrar por aqui é roraimense. Pra falar a verdade, acho que a proporção de um roraimense para cada 10 pessoas é bem razoável, tem gaúcho, carioca, cearense, amazonense, piauiense, maranhense e por aí vai. Portanto, falta uma identidade com a terra. Aqui não existem muitos meios de sobrevivência, ou a pessoa é funcionária pública, (e aqui quase todo mundo é, pois em Boa Vista se concentram todos os órgãos federais e estaduais de Roraima, além da prefeitura, é claro) ou a pessoa trabalha no comércio local ou recebe ajuda de Programas do governo. Não existe indústria de qualquer tipo. Pouco mais de 70% do território roraimense é demarcado como reserva indígena, portanto restam apenas 30%, descontando- se os rios e as terras improdutivas que são muitas, para se cultivar a terra ou para a localização das próprias cidades. Na única rodovia que existe em direção ao Brasil (liga Boa Vista à Manaus, cerca de 800 km ) existe um trecho de aproximadamente 200 km de reserva indígena (Waimiri Atroari) por onde você só passa entre 6:00 da manhã e 6:00 da tarde, nas outras 12 horas a rodovia é fechada pelos índios (com autorização da FUNAI e dos americanos) para que os mesmos não sejam incomodados. Detalhe: você não passa se for brasileiro, mas o acesso é livre aos americanos, europeus e japoneses. Desses 70% de território indígena, diria que em 90% dele ninguém entra sem uma grande burocracia e autorização da FUNAI. Outro detalhe: americanos entram à hora que quiserem. Se você não tem uma autorização da FUNAI mas tem dos americanos, então você pode entrar. A maioria dos índios fala a língua nativa além do inglês ou francês, mas a maioria não sabe falar português. Dizem que é comum na entrada de algumas reservas encontrarem- se hasteadas bandeiras americanas ou inglesas. É comum se encontrar por aqui americano tipo nerd com cara de quem não quer nada, que veio caçar borboleta e joaninha e catalogá-las, mas no final das contas, pasme, se você quiser montar uma empresa para exportar plantas e frutas típicas como cupuaçú, açaí, camu-camu etc., medicinais ou componentes naturais para fabricação de remédios, pode se preparar par a pagar 'royalties' para empresas japonesas e americanas que já patentearam a maioria dos produtos típicos da Amazônia... Por três vezes repeti a seguinte frase após ouvir tais relatos: Os americanos vão acabar tomando a Amazônia. E em todas elas ouvi a mesma resposta em palavras diferentes. Vou reproduzir a resposta de uma senhora simples que vendia suco e água na rodovia próximo de Mucajaí: 'Irão não, minha filha, tu não sabe, mas tudo aqui já é deles, eles comandam tudo, você não entra em lugar nenhum porque eles não deixam. Quando acabar essa guerra aí eles virão pra cá, e vão fazer o que fizeram no Iraque quando determinaram uma faixa para os curdos onde iraquiano não entra, aqui vai ser a mesma coisa'. A dona é bem informada, não? O pior é que, segundo a ONU, o conceito de nação é um conceito de soberania e as áreas demarcadas têm o nome de nação indígena. O que pode levar os americanos a alegarem que estarão libertando os povos indígenas. Fiquei sabendo que os americanos já estão construindo uma grande base militar na Colômbia, bem próximo da fronteira com o Brasil, numa parceria com o governo colombiano com o pseudo objetivo de combater o narcotráfico. Por falar em narcotráfico, aqui é rota de distribuição, pois essa mãe chamada Brasil mantém suas fronteiras abertas e aqui tem estrada para as Guianas e Venezuela. Nenhuma bagagem de estrangeiro é fiscalizada, principalmente se for americano, europeu ou japonês, (isso pode causar um incidente diplomático...). Dizem que tem muito colombiano traficante virando venezuelano, pois na Venezuela é muito fácil comprar a cidadania venezuelana por cerca de 200 dólares. Pergunto inocentemente às pessoas: por que os americanos querem tanto proteger os índios ? A resposta é absolutamente a mesma: porque as terras indígenas, além das riquezas animal e vegetal, da abundância de água, são extremamente ricas em ouro - encontram-se pepitas que chegam a ser pesadas em quilos, diamante, outras pedras preciosas, minério e as reservas norte de Roraima e Amazonas são ricas em PETRÓLEO. Parece que as pessoas contam essas coisas como que num grito de socorro à alguém que é do sul, como se eu pudesse dizer isso ao presidente ou à alguma autoridade do sul que vá fazer alguma coisa. É, pessoal... saio daqui com a quase certeza de que em breve o Brasil irá diminuir de tamanho..."